‘Ota bruxa?’

Esta pesquisa revisita a aquisição das sílabas de ataque ramificado CCV (Consoante1+Consoante2+Vogal) em Português Brasileiro, investigando como o molde silábico é categorizado ao longo do desenvolvimento fonológico infantil e por que este ocorre da forma ocorre. Para caracterizar alvo sendo adquirido, um estudo corpus descreve variação CCV→CV presente na fala adultos paulistanos (como ‘outro’→[ʹo.tʊ]) utilizando dados Projeto SP2010 (MENDES, 2013). Já para infantil, conduzimos experimento produção compreensão (mispronunciation detection task). Como arcabouço teórico, Princípio Tolerância (YANG, 2016) modela construção contraste entre as estruturas CCV-CV, estabelecido com base no adensamento Léxico (JUSCZYK, LUCE & LUCE, 1994). O constata que, adquirir CCV, criança adquire uma sílaba fonologicamente pouco densa, foneticamente variável suscetível processos neutralização CCV-CV. Defendemos tais características input levam incorreta generalização opcional, tomando CV alternante – tanto contextos átonos (o encontrado adulta) tônicos (que não adulta paulistana). A produtividade desta hipergeneralização capturada pelo decorre alta concentração CCVs reduzíveis vocabulário inicial criança, superada crescimento lexical. CCV~CV reflete-se teste detecção erros apontando reconhecimento CV→CCV (‘dente’→‘d[ɾ]ente’), mas (‘prato’→’pato’, ‘preto’→’peto’) crianças simplificam sua fala. maior taxa vizinhos CCV-CV (‘prato’→‘pato’ mais detectado ‘preto’→‘peto’) aponta ponto-chave fonológico. Com isso, argumentamos passa momento estrutural sílaba.